A exposição “Terra das Viúvas”, patente desde 26 de setembro na galeria CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, em Guimarães, retrata o impacto da mineração de lítio nas populações de Seixoso e Barroso, com particular enfoque nas histórias locais e na resistência comunitária.
Autor do projeto, o fotógrafo felgueirense Mauro M. Silva, centra o olhar sobre as pessoas, os seus modos de vida ameaçados e a relação íntima com a terra, evocando também o passado de exploração mineira na região.
O trabalho, integrado nos Encontros da Imagem 2025, devolve protagonismo às vozes locais e sublinha os perigos ambientais e sociais da exploração de recursos naturais por interesses externos.
A mostra revela, através de imagens emotivas e denúncia social, o potencial conflito entre desenvolvimento económico e preservação do território, reforçando a identidade dos locais e dos seus naturais no debate sobre sustentabilidade e justiça ambiental.
Recorde-se que o monte do Seixoso foi incluído pelo governo central na área nacional de prospeção e possível exploração do lítio, denominada “Seixoso-Vieiros”, que abrange os concelhos de Felgueiras, Amarante, Guimarães, Fafe, Mondim de Basto e Celorico de Basto.
Esta zona é conhecida pela sua importância ambiental e pelo papel estratégico que desempenha na regulação climática e na qualidade de vida local.
A exposição “Terra das Viúvas” decorre até 2 de novembro, na galeria CAAA – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, em Guimarães.




