A Câmara de Felgueiras celebrou, esta terça-feira, um memorando de entendimento com os administradores da metalúrgica IMO que permitirá a cedência do espaço industrial da empresa, localizado na vila da Longra, para a construção do novo Parque Urbano de Lazer da Longra, um investimento estimado em mais de dois milhões de euros.
A assinatura do documento de entendiment decorreu na manhã de hoje, no âmbito da celebração dos 22 anos da elevação da Longra a vila. Segundo Nuno Fonseca, presidente de Câmara, trata-se de “um presente à altura do simbolismo da data”, ao mesmo tempo que marca o início de “uma das maiores transformações urbanas” registadas no concelho.

Segundo o autarca, o novo parque urbano será implantado na área onde atualmente se localiza a fábrica da IMO e em terrenos adjacentes, estendendo-se até às traseiras da escola local. O espaço integrará zonas verdes, áreas de lazer, parque infantil, bar, casas de banho, zona de jogos, palco para eventos culturais e estacionamento subterrâneo.
“Queremos que esta zona se transforme no verdadeiro centro cívico da Longra”, sublinhou Fonseca, reforçando que a obra poderá “criar uma centralidade que hoje a vila não tem”.
A operação urbanística possibilita-se após a formalização do acordo com a IMO, empresa com 78 anos de história, que irá transferir as suas instalações para a nova zona industrial do Alto de Barrancas, num processo de permuta que ainda tem que “afinar” alguns pormenores, adiantou o edil.
Para a presidente da União de Freguesias de Pedreira, Rande e Sernande, Lúcia Ribeiro, este projeto anunciado “é o símbolo da união que a comunidade há muito deseja”.

“Este parque será de todos. Não será da Longra, nem de Rande, nem de Pedreira. Será um espaço de pertença coletiva”, frisou ao SF Jornal, à parte da cerimónia, apelando à “paciência e confiança” dos cidadãos quanto aos prazos de execução.
O município admitiu que o projeto é de “longo prazo”, com início das obras condicionado à conclusão das novas instalações da IMO, na zona industrial do Alto de Barrancas. A primeira fase incluirá a demolição da fábrica atual e a preparação do terreno.
Há ainda que considerar as negociações com proprietários de terrenos adjacentes, sendo que, segundo Fonseca, “alguns pedidos de expropriação serão inevitáveis”.