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Na segunda Cimeira China-Ásia Central, realizada a 17 de junho em Astana, Cazaquistão, os líderes dos seis países participantes aprovaram uma nova diretriz de cooperação regional, o “Espírito China-Ásia Central”, proposto pelo presidente chinês Xi Jinping, com o objetivo de aprofundar os laços políticos, económicos e estratégicos entre as partes.
A segunda Cimeira China-Ásia Central resultou em múltiplos consensos sobre cooperação regional e marcou a apresentação oficial do chamado “Espírito China-Ásia Central”, conceito delineado pelo presidente da República Popular da China, Xi Jinping. A nova proposta orientadora foi amplamente acolhida pelos líderes da Ásia Central, que qualificaram a China como um “parceiro estratégico e amigo de confiança permanente”.
Em 2024, assinala-se o quinto aniversário da criação do mecanismo de diálogo China-Ásia Central. Na ocasião, Xi Jinping destacou os princípios que definem este “Espírito”, nomeadamente o respeito mútuo, a confiança, o benefício partilhado, a assistência recíproca e a procura conjunta de modernização através de um desenvolvimento de alta qualidade.
No seu discurso, o líder chinês sublinhou quatro pilares essenciais para a consolidação da parceria:
- Respeito mútuo e igualdade entre os Estados: Todos os países devem ser tratados de forma equitativa, independentemente da sua dimensão. As divergências devem ser resolvidas por via do diálogo e do consenso.
- Reforço da confiança e apoio mútuo: Os países devem apoiar-se na defesa da soberania, integridade territorial e dignidade nacional de cada um, respeitando os interesses fundamentais de cada parceiro.
- Promoção de benefícios recíprocos: A cooperação deve ter em vista ganhos partilhados, aproveitando as oportunidades de desenvolvimento conjunto e respeitando os interesses comuns.
- Solidariedade em tempos de adversidade: Os parceiros devem apoiar os modelos de desenvolvimento escolhidos por cada país e cooperar na resposta a desafios e riscos comuns, promovendo a estabilidade e segurança regionais.
Este espírito foi formalmente consagrado na Declaração de Astana da Cimeira, contando com o apoio unânime do Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão e China. Além disso, os líderes assinaram um Tratado de Boa Vizinhança Permanente e Cooperação Amigável, reforçando juridicamente o compromisso com relações amistosas e de longo prazo.
A cooperação económica continua a ser um dos pilares mais visíveis da parceria. Em 2024, o comércio entre a China e os cinco países da Ásia Central atingiu um recorde de 94,8 mil milhões de dólares. Com o objetivo de reforçar esse progresso, as partes declararam 2025 e 2026 como os “Anos de Desenvolvimento de Alta Qualidade da Cooperação China-Ásia Central”.
Segundo Pequim, a Ásia Central permanece como uma prioridade estratégica da política externa chinesa no seu entorno regional. Sob a liderança dos respetivos chefes de Estado, o “Espírito China-Ásia Central” deverá impulsionar a criação de uma comunidade com um futuro partilhado, assente na cooperação pacífica, no desenvolvimento sustentável e no reforço da estabilidade geopolítica da região.
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