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“Portugal Merece Mais do que Ataques: Merece Visão”

Em semana de eleições legislativas, é tempo de refletir, não só sobre o estado em que se encontra o país, mas também sobre a estratégia utilizada pelos vários candidatos e partidos durante esta campanha.
Vivemos, finalmente, um momento de alguma prosperidade, quer económica, quer social, onde os jovens começam a ver possível a saída precoce de casa dos pais — mais cedo do que a média de 29 anos registada em 2023 — graças a apoios criados pelo anterior governo, como a isenção do imposto de selo e o financiamento da entrada para crédito à habitação. Também os nossos idosos têm sido alvo de atenção reforçada, com aumentos nas pensões e um incremento no valor do complemento solidário para idosos, medidas estas que contribuem para uma maior estabilidade e uma melhor qualidade de vida.
Contudo, apesar de todos estes sinais positivos e de crescimento, assistimos a uma degradação preocupante do debate político. Cada passo dado por um político é imediatamente escrutinado e transformado em arma de arremesso, com ataques muitas vezes sem qualquer fundamento e alheios ao interesse nacional. Os debates perderam conteúdo e visão a longo prazo, tornando-se espaços dominados por frases feitas, acusações e jogos de bastidores, em vez de ideias, estratégias e compromissos claros com o futuro do país.
Faltam-nos hoje líderes dispostos a enfrentar os verdadeiros problemas nacionais com seriedade e coragem. Em vez disso, vemos crescer o populismo e a demagogia, numa lógica de curto prazo que nada acrescenta à construção de um país mais justo e desenvolvido. Esta tendência não nos leva a lado nenhum.
Está na altura de deixarmos governar quem, no último ano, deu provas claras de ter capacidade, competência e sentido de responsabilidade para o fazer. Os problemas de Portugal não se resolvem com insinuações nem com promessas ocas. Resolvem-se com trabalho sério, com debate honesto e com propostas concretas que sirvam, de facto, a população.

Luís Oliveira

Artigo de opinião publicado na edição 1473

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