Quinta de Maderne
InícioSociedade“A proteção das crianças começa nas famílias” - Joaquim Lopes da CPCJ...

“A proteção das crianças começa nas famílias” – Joaquim Lopes da CPCJ Felgueiras

Durante abril, mês dedicado à prevenção de maus tratos infantis, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Felgueiras uniu forças com a campanha “Laço Azul”, promovendo o lema “Serei o que me deres… Que seja Amor”. A iniciativa sublinha a importância dos valores, da educação e formação no seio familiar como fatores cruciais para a prevenção da violência contra crianças e jovens.
Ao SF Jornal, Joaquim Lopes, recém-eleito presidente da CPCJ de Felgueiras, destacou o esforço da comissão em dinamizar atividades que promovem a “parentalidade positiva” mediante diferentes projetos e parcerias.
“Para alcançar este objetivo, atuamos em vários eixos, alguns desenvolvidos internamente e outros em articulação com instituições como estabelecimentos de ensino e educação do concelho e a Câmara Municipal de Felgueiras”, explicou.
Entre os projetos destacados está o PIPSE — Plano Intermunicipal de Promoção do Sucesso Escolar, coordenado pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e implementado pela Câmara de Felgueiras.
Joaquim Lopes sublinha que este plano integra ações de apoio às famílias, formação de pais e acompanhamento de casos sinalizados, particularmente aqueles onde existem sinais evidentes de disfunção familiar. “Nos casos referenciados, as famílias são acompanhadas pelos técnicos afetos ao projeto, garantindo um apoio especializado,” acrescentou.
Esclarece ainda que, embora exista o projeto “Adélia — Apoio à Parentalidade Positiva” promovido pela Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens este não foi, até ao momento, implementado pela CPCJ de Felgueiras, enfatizando que as ações no âmbito do PIPSE já abordam eficazmente o tema, com o apoio de formadores especializados em parentalidade positiva.
Adiantou, ainda, que a comissão está a desenvolver um levantamento de famílias que possam beneficiar de um novo projeto com caraterísticas semelhantes direcionado a agregados familiares com jovens entre os 12 e os 18 anos, dinamizado pelo CAFAP — Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental de Guimarães, entidade que acompanha algumas famílias com processos de promoção e proteção ativos.
“A proteção das crianças começa nas famílias, mas requer igualmente a colaboração das escolas e dos serviços de saúde. A comissão integra representantes dos setores da educação, saúde, segurança social e do município, o que reflete a natureza integrada da nossa intervenção,” frisou.

Um “calendário de afetos” para transformar o quotidiano

No contexto do abril como Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, a CPCJ lançou o “calendário de afetos”, um instrumento com sugestões diárias para atividades que promovam valores positivos. Desde ver um filme em família até ensinar a ser solidário, as propostas visam reforçar os laços familiares e cultivar hábitos saudáveis de convivência”
“Alertamos para valores que são fundamentais. É um calendário pensado para abril, mas incentivamos as famílias a realizarem estas atividades ao longo de todo o ano,” concluiu Joaquim Lopes.
Na terça-feira, dia 29, estão previstas três ações junto de automobilistas , realizadas nas imediações da Escolas Secundária da Lixa, da Escola Profissional de Felgueiras e Externato da Misericórdia de Nª Sra do Rosário de Unhão. A iniciativa conta com a colaboração de alunos e do Posto Territorial de Felgueiras Guarda Nacional Republicana (GNR).
O Mês da Sensibilização para a Prevenção dos Maus-Tratos na Infância será encerrado no próximo dia 30 de abril, com a participação de todas as entidades do concelho, com responsabilidades em matéria de infância e juventude. A iniciativa culminará com a formação de um laço azul humano, símbolo da luta contra os maus-tratos infantis.

Maior proximidade à comunidade reflete-se em mais casos referenciados

Em 2024, a CPCJ de Felgueiras interveio em 356 processos de promoção e proteção de crianças e jovens em situação de perigo. Até meados de abril de 2025, já estão a decorrer 216 processos, maioritariamente sinalizados pelas autoridades policiais e pelas escolas.
Segundo Joaquim Lopes, este aumento resulta de uma maior proximidade da comissão à comunidade. “Atualmente existe mais confiança por parte da população para nos procurar e denunciar situações. Trata-se de uma evolução positiva que reforça o impacto do nosso trabalho,” concluiu.

Pub Banner

Pub

Quinta de Maderne
Artigo anterior
Próximo artigo

Pub

Teco

Mais Populares

A sua assinatura não pôde ser realizada.
A sua subscrição foi realizada com sucesso

Subscreva a nossa newsletter

Pub

Sifac

Últimas