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Os Visionários

Artigo de opinião publicado na edição impressa n.º 1471

Na antecâmara das eleições legislativas de 18 de Maio, permitam-me que a talhe de foice aproveite a oportunidade para fornecer  contributos para o debate eleitoral das próximas eleições autárquicas.

Num concelho onde a política é um rinoceronte sem dentes, e onde num campo rosado capturado há um visionário de respeito, descobri que  há muito potencial sobre esta espécie, na qual naturalmente me incluo e destaco, por considerar que muito mais que o referido, serei eu o visionário-mor desta terra.

Encontrando-se o outro já no terreno eleitoral, e este escriba apenas a subir a rampa de lançamento no sentido de ser visto, apreciado e escolhido para encabeçar uma lista sobejante à Câmara Municipal, é hora de proclamar que visionários há muitos, mas por certo, nenhum que chegue aos calcanhares daquele que ora se apresenta.

– Um bom visionário, nunca deveria deixar de ter em conta que um moderno Parque da Cidade não pode ser implementado no espaço que o PSD um dia escolheu, e que aí, tendo em conta o caminho já percorrido, e para se não desperdiçar mais dinheiro, só  um bom Pavilhão Gimnodesportivo faz sentido – um equipamento que não andou nem desandou desde que o PSD chegou e deixou o poder, e que agora e até então, apesar de oito anos percorridos continua a padecer da mesma maleita. E nesse mesmo espaço, também não ficaria mal um bom, moderno e gigante Jardim Infantil.

Como é consabido, o perímetro da cidade contempla e acolhe espaço territorial correspondente a sete freguesias, sendo que neste imenso território seria muito fácil encontrar outras soluções, com melhores acessibilidades e menores custos. Repare-se que nas cidades do Porto ou de Guimarães, tais parques encontram-se, e bem, particularmente longe dos respectivos centros, sem nunca terem perdido a centralidade que os caracteriza;

– Um Teleférico da cidade para Santa Quitéria; uma praia fluvial em Moure e uma estação náutica em Jugueiros, constituem  também equipamentos essenciais para o progresso integrado do concelho, razão pela qual não se perceber nem entender o vazio de ideias dos meus colegas visionários, principalmente daquele airoso rosado que há tantos anos tem destaque de primeira linha na função autárquica;

– Um passadiço do alto do Ladário ao Monte de Santa Quitéria, com passagem pelo Monte de Santa Marta; um Aérodromo em Revinhade para fazer jus ao movimento económico que se avizinha e um novo Escadario de acesso à Fonte de Santa Quitéria igual ou semelhante ao do Sameiro, são também elementos preponderantes de progresso que não têm sido devidamente considerados, e todos eles  passíveis de implementação, desde que acolhidos com visão maior do que aquela que temos conhecido;

– Sendo certo que o centro da cidade de Felgueiras permanece igual há dezenas de anos, não é preciso ser visionário para se interiorizar a falta que nos faz abraçar modernos ideais para a criação de novas centralidades, mormente a concepção de um novo projecto para mudar radicalmente a Praça da República; sendo que um visionário à maneira jamais deveria aceitar implementar o novo Cemitério Municipal no espaço onde se prevê, por não ser bom para o Ambiente, por sobrecarregar a cidade e por contribuir para o esventramento irrecuperável do sopé do Monte de Santa Quitéria;

Oferecendo o território da cidade, tantas e melhores soluções urbanísticas, esse poderia e deveria ser construído em local mais aprazível, por certo com menos custos e sem ter que se abandonar a modernidade, o valor e a performance que o actual projecto consubstancia.

O “velho” sonho de uma Piscina Olímpica – não é quimera – e a criação de uma verdadeira Pista de Atletismo em formato de anel à volta das sete freguesias da cidade, deveriam constituir-se em permanentes peças de desenho e de trabalho para um bom visionário autárquico, o que não tem acontecido, a não ser que futuramente maior  visionário se alevante.

Se assim não acontecer, e sem este visionário-mor saber se a esta distância se irá disponibilizar para a próxima batalha eleitoral autárquica, apenas se poderá dizer: POBRE FELGUEIRAS!

Texto escrito segundo o anterior Acordo Ortográfico“.

José Quintela

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