O Conservatório de Música de Felgueiras mudou de nome e agora passa a ser conhecido como Conservatório de Artes de Felgueiras (CAF), anunciou a instituição, esta semana.
Esta alteração acompanha o crescimento da oferta formativa, que, desde há dois anos, inclui o ensino de teatro, explicou ao SF Jornal Tiago Abreu, gestor naquele estabelecimento.
“Naturalmente que o nome Conservatório de Música ficava limitado, porque temos agora uma oferta que ultrapassa essa designação. Decidimos mudar o nome para abarcar o teatro, mudando para Conservatório de Artes de Felgueiras”, adiantou, em entrevista.
Atualmente, o curso de teatro conta com 21 alunos, divididos entre o 5.º e 6.º anos. O objetivo é alargar esta formação até ao 9.º ano, com a previsão de, no futuro, existirem cinco turmas a frequentar este curso.
Segundo Tiago Abreu, esta nova oferta “está em crescimento e tem mostrado resultados muito interessantes. Temos crianças que conseguem apresentar-se diante de mais de 600 pessoas com confiança e naturalidade, como foi o caso no nosso concerto anual, que envolveu alunos de música e teatro. É mesmo impressionante”.
O concerto anual, que juntou alunos de música e teatro, é um vários eventos que o conservatório promove, normalmente no final de cada período escolar. Este ano, mais de 200 alunos participaram numa peça que integrou ambas as artes. Tiago Abreu destaca que foi um projeto “muito gratificante”.
“Conseguimos mostrar o que é possível fazer quando unimos os esforços de alunos e professores”, afirmou.

Uma oferta formativa em crescimento, com olho no futuro
O teatro junta-se, assim, à formação em música, que continua a ser o núcleo principal do conservatório. São disponibilizados cursos de iniciação para alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo, bem como o ensino articulado de música e de teatro, financiado pelo Ministério da Educação.
A evolução do conservatório também se reflete nos números, recordou o gestor. Há uma década, o número de alunos não ultrapassava os 150. Hoje, são mais de 200. Isto deve-se tanto à maior sensibilidade dos encarregados de educação como ao trabalho da equipa do conservatório em promover a sua oferta, explica Tiago Abreu.
“Os pais reconhecem que estas formações desenvolvem competências valiosas para os seus filhos, como lidar com a pressão de falar em público, por exemplo. São qualidades úteis na vida pessoal e profissional, independentemente da carreira que escolherem ,” acrescenta.
Frisou, ainda, que a taxa de desistências tem diminuído, um atestado ao bom trabalho desenvolvido pela equipa e um sinal de que os alunos se sentem felizes na escola.
“Os nossos projetos são bons, os nossos professores também são muito bons, temos alunos que gostam de andar cá, estão motivados. Isso é importante”, acrescentou.
Quanto ao futuro, o conservatório mantém-se aberto a novas possibilidades. “Com a mudança da designação, fica em aberto incluir outras ofertas dentro das artes. Por agora, queremos consolidar a música e o teatro, mas nada impede que no futuro possamos expandir para outras áreas,” conclui.
Nova identidade visual inspira-se no palco, comum às artes do espetáculo
O design da nova identidade visual do CAF foi desenvolvido por Ana Leite, designer gráfica natural de Felgueiras, que buscou alinhar a imagem da instituição com a contemporaneidade do ensino artístico.
Foi concebida com inspiração no palco, elemento comum às artes do espetáculo. Por outro lado, as cores da identidade visual foram escolhidas com base na heráldica do concelho de Felgueiras.