Vivemos num tempo marcado pela sobrecarga de informações. A cada instante, somos bombardeados por notícias, opiniões e dados provenientes de inúmeras fontes, desde redes sociais até veículos tradicionais de comunicação. Nesse cenário, a literacia — compreendida como a capacidade de aceder, compreender, avaliar e utilizar criticamente as informações — torna-se uma competência essencial. No entanto, devemos questionar-nos, se estamos verdadeiramente preparados para lidar com esse desafio?
A educação para a comunicação social é a chave para formar cidadãos mais conscientes e participativos. Ela não se limita a ensinar as pessoas a consumir informações, mas também a produzir conteúdos responsáveis, respeitando princípios éticos e promovendo o debate sadio. Num mundo onde as “fake news” se propagam com uma velocidade alarmante, capacitar indivíduos para reconhecer fontes confiáveis e identificar manipulações é crucial para a manutenção da democracia e do senso crítico coletivo.
É preciso compreender que a alfabetização tradicional — aprender a ler e escrever — não é suficiente. A literacia mediática, que inclui a compreensão do funcionamento dos meios de comunicação e as suas dinâmicas, deve ser incorporada nos currículos escolares de forma transversal. Os estudantes precisam aprender a questionar, investigar e debater, desenvolvendo competências que os tornem não apenas consumidores, mas também criadores de informações de qualidade.
Essa transformação exige esforços conjuntos de governos, instituições educacionais, famílias e os próprios meios de comunicação. Políticas públicas devem fomentar a inclusão digital e a igualdade no acesso à informação, enquanto as escolas têm o papel de formar professores capacitados para lidar com esses novos desafios. Paralelamente, a comunicação social deve assumir um compromisso renovado com a verdade e a transparência.
Não menos importante é o papel do indivíduo nessa equação. Cada um de nós deve assumir a responsabilidade de procurar informações de fontes diversificadas e confiáveis, além de evitar a propagação de boatos e desinformação. Afinal, a construção de uma sociedade mais informada e consciente é um trabalho coletivo.
Portanto, investir na literacia e na educação para a comunicação social é mais do que uma necessidade: é uma obrigação moral. Apenas por meio da formação de cidadãos críticos e bem-informados seremos capazes de enfrentar os desafios impostos pela era digital e garantir um futuro onde a informação esteja ao serviço da verdade, da democracia e do bem comum.
Prof.ª Isaltina Marques AEDMM
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