Reportagem publicada na edição 1468 de 28 de fevereiro de 2025
Na Escola Básica de Jugueiros, o tema para a participação no desfile de Carnaval deste ano, marcado para o próximo dia 4 de março, será o Havai e a sua cultura rica e diversificada.
“Dado o estado atual, achamos que deveríamos trazer um pouco mais de cor ao mundo. Por isso decidimos no Havai e a forma colorida como se manifesta a sua cultura”, disse ao SF Jornal a coordenadora Rosário Pinheiro.
Os preparativos começaram cedo, em finais de janeiro, com um aviso aos encarregados de educação da abertura das inscrições.
Nas últimas semanas, alunos, professores e funcionários têm trabalhado nos disfarces coloridos para um desfile que contará com 30 crianças e o apoio logístico da Junta de Freguesia de Jugueiros.
Um carnaval mais amigo do ambiente e promotor da sustentabilidade

A coordenadora deste estabelecimento de ensino, que integra o projeto Eco Escolas, adiantou que a participação neste evento, tal como em outras atividades aqui promovidas, se pauta por uma preocupação com o ambiente e a sustentabilidade.
Nesse sentido, explica que muito do material é reutilizado, de um ano para o outro. Como exemplo, Rosário Pinheiro revelou que a base das “fatiotas” deste ano resultam do reaproveitamento de outros disfarces, feitos há cerca de 10 anos, quando o tema foram as tribos africanas.
“Temos sempre esta preocupação com as questões ambientais, em reciclar e evitar a necessidade de adquirir novos recursos. Nesse sentido, primeiro vemos o que já temos e arranjamos sempre uma maneira de reutilizar”, acrescenta.
Antes da participação no corso que já se tornou, a par com o desfile na vila da Longra, numa tradição em Felgueiras, os alunos da EB de Jugueiros podem dar asas à sua imaginação, no último dia antes de fevereiro.
“No dia 28, antes da interrupção do período de férias de Carnaval, cada um poderá ser o que quiser, por um dia”, salienta a coordenadora.
Rosário Pinheiro, em resposta a uma questão colocada pelo SF Jornal, salientou que o Carnaval é uma boa forma de exercitar a imaginação das crianças e de aliar a brincadeira à aquisição de novos conhecimentos.
“No ano passado foram disfarçados de doutores-palhaços, por exemplo, mas também lhes explicamos o papel destas personagens, reais, que visitam os hospitais. Portanto, tentamos sempre transmitir a razão de ser do disfarce”, explicou.
Preservar a tradição através das gerações futuras

Ana Oliveira, uma de quatro docentes da Escola Básica, destacou ao SF Jornal que a participação no evento ajuda algumas crianças a ultrapassar barreiras, nomeadamente a timidez, e de criar laços.
Por outro lado, recorda que o Carnaval de Jugueiros tornou-se numa tradição, tanto para a freguesia como para o concelho e vê, na participação da escola, uma forma de manter a tradição viva, através das gerações vindouras.
“No fundo, é uma forma de sustentar a tradição, porque no futuro, serão eventualmente estes alunos a dar continuidade ao Carnaval de Jugueiros”.
Paulo Alexandre Teixeira