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Secundária de Felgueiras celebra três gerações de uma escola pública que faz comunidade

A Escola Secundária de Felgueiras (ESF) celebra, em maio próximo, os seus 50 anos de existência com um programa especial que reflete a história e a evolução da instituição, bem como o seu papel na formação de três gerações de felgueirenses.
No ano passado, a ESF iniciou os preparativos para celebrar este marco histórico, lançando um concurso interno para a criação do logótipo comemorativo.
Ao SF Jornal, a diretora Anabela Leal justificou a importância de envolver a comunidade escolar e local na preparação das comemorações, reforçando a identidade do estabelecimento e o seu papel formador desde 1975.
“Queremos que toda a programação seja feita com gente da casa e da terra, envolvendo aqueles que fizeram parte da história da escola”, afirma.
Um dos pilares da celebração será a Galeria Piso 2, que desde outubro do ano passado acolhe uma série de exposições que culminarão, em maio e junho, com um conjunto de mostras alusivas às bodas de ouro da escola.
A exposição “Três Gerações de uma Escola Pública”, que será inaugurada no dia 26 de maio, visa retratar, através da fotografia, a trajetória das três gerações que passaram pela ESF.
Serão 12 painéis com imagens de 36 pessoas, preferencialmente com ligação familiar, representando as três fases da escola. “A ideia é mostrar a continuidade e a evolução da escola através das histórias pessoais e familiares”, explica a diretora.
As comemorações contam ainda com um programa de “podcasts”, na mesma linha de pensamento da exposição, que contará com os contributos, na primeira pessoa, de 12 membros da comunidade e da diáspora que passaram pela Secundária de Felgueiras, como alunos. O primeiro será publicado no dia 10 de março, no portal da ESF, o último no dia 26 de maio.
Adicionalmente, a ESF também está a elaborar um anuário dos 50 anos, o segundo registo do seu género neste estabelecimento de ensino. “Não pretendemos fazer estes produtos em quantidade, mas de forma que pudessem ficar para memória futura”, frisa Anabela Leal
Uma escola que fez comunidade ao longo de meio século

DR Escola Secundária de Felgueiras

A criação da ESF, em maio de 1975, marcou um momento crucial para o concelho de Felgueiras. Até então, os alunos que desejavam continuar os estudos após o 9.º ano tinham que se deslocar para outras cidades, como Braga, Porto e Guimarães. A abertura da ESF permitiu que muitas famílias com menos recursos financeiros pudessem proporcionar educação secundária aos seus filhos, um fator transformador para a comunidade.
“A primeira geração viu a escola como uma oportunidade única de formação académica. Foi um motor de inovação social, possibilitando que muitos alcançassem licenciaturas que, de outra forma, seriam impossíveis”, recorda Anabela Leal.
A segunda geração enfrentou desafios de sobrelotação, com a escola a acolher até 2.200 alunos, quando a capacidade era de 1.500. Mesmo assim, a ESF manteve o foco na preparação académica dos seus alunos.
Com a inauguração do novo edifício, em 2012, e a criação dos mega-agrupamentos, Felgueiras passou a contar com cinco escolas secundárias e uma escola profissional. Isso permitiu que a ESF desenvolvesse novos projetos e se tornasse uma escola mais próxima da comunidade.

Projetos identitários destacam abertura à comunidade

Anabela Leal salienta alguns dos projetos identitários que simbolizam esta abertura, como a Galeria Piso 2, que permite aos alunos e à comunidade local um contacto diário com a arte.
Outro projeto de destaque é o programa ERASMUS, que nos últimos oito anos tem proporcionado grande mobilidade e intercâmbio cultural a alunos, docentes e técnicos. No início de fevereiro, a participação no programa foi alargada ao projeto de ensino de adultos, uma das marcas identitárias da ESF, desde a sua fundação.
A Secundária de Felgueiras é também motor na promoção do desporto, com grande destaque na natação e no atletismo, mas também mediante um importante núcleo de desporto escolar adaptado, que poucas escolas da região têm.
“Quando se menciona inclusão, cidadania ativa e de uma escola para todos, é disto que falamos”, adianta a diretora.
Por meio de projetos inovadores e da valorização da história das três gerações de alunos, a ESF continua a preparar os seus estudantes para um futuro promissor, mantendo-se como um pilar fundamental na educação e no desenvolvimento social de Felgueiras.

Paulo Alexandre Teixeira

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