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Simbioses Estranhas

Este é ano de Eleições Autárquicas. Por conseguinte, é urgente introduzir na agenda política a importância do tema, iniciando-se, desde já, o debate que se impõe.

E antes de mais, sob a premissa de que é mais importante eleger uma ou um líder que se preocupe mais com os munícipes do que com o poder, e onde os desígnios das festanças permanentes contem menos do que tudo aquilo que mais importa fazer.

Para dar lugar aos diversos temas mais específicos, sobre os quais procurarei falar em próximas edições, torna-se imperativo chamar a atenção dos leitores para os textos escritos por Marta Rocha e Pedro Ferreira na edição nº. 1463, de 13 de Dezembro e de Jorge Miguel Neves, na edição nº. 1464 do dia 20 do mesmo mês, deste jornal, para sinalizar, tão só, a relevância de um debate que tardava em começar e que no presente me serviu de leitmotiv para escrever esta crónica.

Como é consabido, o debate sobre a relevância das eleições autárquicas não deve ficar apenas no âmbito dos partidos, razão pela qual, os descritos textos, acabarem por se constituírem numa oportunidade relevante para apreciar, selecionar e desenvolver.

Desde logo, porque vivemos num concelho onde se fala pouco da vida municipal autárquica, parecendo, em função disso, que por se falar tão pouco será um sinal de que estará tudo bem.

Nada mais errado.

Quem com o devido cuidado ler os conteúdos insertos na última edição da revista municipal “FELGUEIRAS” tenderá a concluir que vivemos num mar de rosas, mas quem se der a trabalho de estudar em pormenor a realidade vigente, não terá qualquer dúvida em assinalar que há mais que muito que podendo ter sido feito, não o foi e será preciso fazer.

O que está feito, e bem, sendo muito e deveras positivo não chega, quando nos deparamos com uma rede viária depauperada; quando nos confrontamos com imposições de taxas e impostos muito elevados; quando nos acabam por massacrar com impiedosos aumentos dos tarifários da água e quando temos que continuar a sobreviver debaixo de uma inusitada realidade, onde brutais aumentos de quase todos os serviços municipais tanto nos afetam, consomem e sufocam.

Sendo que, a par de milhares de felgueirenses, eu sou também um daqueles que continuam a ter o sonho de viverem melhor na sua terra, seria de todo o interesse que no futuro os agentes políticos da vida política autárquica se preocupassem menos com floreados e muito mais com a resolução dos problemas que afetam e afligem as populações.

Como escreveu Jorge Miguel Neves na última edição deste jornal, “é nos municípios, nas freguesias e nas vilas que a vida acontece” sendo que para além do trabalho de cada um, o que se lhes oferece, sendo o residual, não é suscetível de provocar quaisquer ondas de entusiasmo, de pouco valendo o aumento e os conteúdos das constantes festanças, às quais poucas vezes tem faltado Dª. Constança.  

Sentindo muitos felgueirenses que o atual poder vem dando evidentes sinais de inação e cansaço, e que provavelmente não conseguirá regenerar-se, será importante que o ano de 2026 seja melhor do que 2025 e que o paradigma, mudando ou não o poder, deixe de continuar a ser o crescimento do endividamento e a venda do património sem critério, como, entre outros, os principais focos da vida municipal.

José Quintela

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