Pedro Lobo, mais conhecido como DJ Peter Wolf, é um nome que ressoa nas festas e discotecas do norte de Portugal. Aos 31 anos, o “disck jockey” natural de Jugueiros, em Felgueiras, divide o seu tempo entre a profissão de técnico de controlo de qualidade na indústria do calçado e a música, a sua grande paixão.
Com uma carreira que iniciou em 2012, Pedro tem conquistado o público com as suas misturas eletrónicas e “remixes” envolventes, mantendo sempre a interação com a audiência como foco principal das suas atuações.
Um gosto pela música e pelas artes performativas desde jovem
Em entrevista ao SF Jornal, Pedro Lobo explica que desde jovem mostrou um interesse particular pela música e as artes performativas, participando em peças de teatro, na escola e na catequese. “Andava sempre agarrado ao leitor de MP3. Coitada da minha mãe, estava sempre a pedir-lhe para me comprar pilhas”, relembra.
Este gosto pela atuação e pela música encontrou um novo caminho quando um amigo o introduziu ao mundo dos DJs.
“Pedi-lhe se me ensinava o básico das técnicas de DJ, nos seus tempos livres”, explica. Muitas tardes e noites foram passadas a praticar, complementadas pela aprendizagem por meio de demonstrações práticas e cursos, no YouTube.
A experiência de atuar em bares e discotecas veio depois, e com ela, a capacidade de entender o que o público deseja ouvir. “A arte de ser um DJ está em saber ler os gostos e as necessidades das pessoas” afirma, sublinhando que a preparação é fundamental, desde estar atualizado com os “hits” mais recentes até se adaptar aos gostos específicos do público presente em cada evento.
Ao longo da sua carreira como DJ, Pedro desenvolveu um estilo pessoal, caraterizado pela música eletrónica, mas com a introdução, ocasional, de pistas mais antigas, dos anos 80, e até de algum rock.
Marketing e redes sociais como forma de evoluir e manter-se relevante
Além do talento musical, destaca-se também pela sua abordagem empresarial e investimento constante na imagem e na técnica. “Faço muito ‘marketing’ e promoção, por exemplo, que, aliás, tem estado a resultar”, adianta.
O esforço de promoção inclui a realização de vídeos de “sets” ao vivo, transmitidos nas redes sociais, uma atividade que começou a desenvolver durante os anos da pandemia da COVID-19.
As restrições implementadas durante aquele período trouxeram desafios para muitos artistas, e o DJ Peter Wolf não foi exceção. Nas redes sociais e no vídeo encontrou uma forma de continuar a evoluir, mas também de manter-se “relevante”, frisa.
“Fiz vários espetáculos ao vivo (lives) a partir de casa, porque não queria ficar esquecido e também para evoluir” relembra. Um dos ‘sets’ foi criado perto da cascata de Barrias de Jugueiros, durante o Natal, numa produção transmitida ao vivo e mais tarde retransmitida, nas redes sociais.
Neste período, o apoio do município de Felgueiras também foi essencial, recorda. “Criaram a plataforma Círculo das Artes para divulgar o trabalho dos artistas locais” destaca Pedro, agradecendo as oportunidades de participar em eventos como o São Pedro, onde atuou nas últimas três edições.
Com o fim das restrições, o DJ felgueirense retomou a sua atividade com vigor, participando em inúmeros festivais e eventos locais.
Projetos Futuros, colaborações e agradecimentos
Entre os projetos mais recentes, Peter Wolf destaca a parceria com o amigo Mendes da Concertina, que trouxe uma nova dimensão às suas atuações.
O duo improvável abrilhantou a mais recente edição das Festas de São Pedro com uma atuação memorável. “O São Pedro atormenta-me, apesar de estar a jogar em casa, porque me desafia a apresentar mais, melhor e algo de novo, ano após ano”, justifica.
Outro projeto promissor é a colaboração com Nuno Brochado, tocador de vários instrumentos e percussão, com quem gravou um vídeo na torre da igreja de Santa Quitéria “que correu muito bem” diz Pedro, ansioso por futuras atuações conjuntas.
Para além do município de Felgueiras, Pedro Lobo faz ainda questão de agradecer aos que o acompanham, na sua carreira, nomeadamente o fotógrafo André Vaz, Pedro Lopes, da empresa Arte e Som, e a JF Informática.
“Não nos podemos esquecer de quem nos ajuda”, frisa.
Uma paixão que transcende gerações e estilos
Para Pedro Lobo, a essência de um bom DJ reside na capacidade de conectar-se com o público e transmitir a sua paixão pela música. “Dou sempre tudo, o meu melhor, seja para mil pessoas, seja para cinco. Sinto-me à vontade em cima do palco, onde continuo a ser a mesma pessoa, e acredito que ali consigo transmitir a minha paixão pela música”, afirma.
Com uma versatilidade que abrange desde músicas dos anos 80 até os ‘hits’ atuais, o DJ continua a encantar multidões, sempre em busca de evoluir e oferecer algo novo. Para o próximo ano, revela que vai continuar a sua jornada, evoluindo e trabalhando em mais projetos com os dois músicos.
“Já sonhei muito em fazer disto a minha atividade a tempo inteiro, mas também tenho que lembrar que a idade avança. O contacto com as pessoas é, sobretudo, o mais agradável. Tudo é possível, veremos o que nos traz o futuro”, conclui.