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Cooperativas constroem um mundo melhor

No ano que se avizinha, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2025 como Ano Internacional das Cooperativas. A celebração, anunciada no mês de junho, terá como tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”.

Segundo a Aliança Cooperativa Internacional, o modelo cooperativo é uma solução essencial para superar muitos desafios globais e desempenha um papel importante para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.

As cooperativas fazem parte do chamado Terceiro Sector, e segundo o Código Cooperativo (artigo 2, lei 119/20), as cooperativas são pessoas coletivas autónomas, de livre constituição, de capital e composição variáveis, que, através da cooperação e entreajuda dos seus membros, com obediência aos princípios cooperativos, visam, sem fins lucrativos, a satisfação das necessidades e aspirações económicas, sociais ou culturais daqueles, saliento, membros.

As Cooperativas, distintas dos dois agentes económicos dominantes – os poderes públicos e as empresas privadas com fins lucrativos – designados frequentemente por Estado e Mercado, servem o desenvolvimento local e a satisfação dos seus membros que, por si só, não alcançariam uma melhoria de vida.

Focando-me nas Cooperativas Agrícolas, estas, num mundo onde se acentua a macdorização, têm o dever de proporcionar aos jovens e população em geral, (produtores e consumidores) uma valorização e um conhecimento mais amplo, adequado, correto e aprofundado da agricultura, da sustentabilidade ambiental e simultaneamente contribuir para a valorização da agricultura tradicional e dos produtos genuínos, cultivados pelos agricultores locais.

Atualmente a faixa etária dos agricultores, de modo geral, é bastante madura. A profissão de agricultor é desvalorizada e grosso modo, muitos jovens não sabem a origem dos alimentos…. Simultaneamente e paradoxalmente os produtos genuínos, ditos caseiros, tradicionais são cada vez mais apreciados…

De forma a dar resposta (parcialmente) a esse handicap surgiram as quintas pedagógicas que vieram colmatar entre outros objetivos a necessidade das crianças e dos jovens contactarem com a criação de certos animais e o cultivo de alguns produtos. O próprio filme produzido pela Walt Disney, (A Fuga das Galinhas), parece-nos que veio colmatar uma grande incongruência do conhecimento dos jovens, designadamente dos americanos: os frangos não são originários dos supermercados.

A sociedade portuguesa é composta por gente culta, informada, civilizada e alfabetizada. Os nossos agricultores são pessoas informadas e com ânsia de aprender e inovar. Não estamos em finais no século XX, no qual, existia uma grande percentagem de analfabetos que se diluiu, fruto das imposições da UE. O nosso país é um dos países mais ricos da Europa: clima maravilhoso, terras férteis, oceano até mais ver, gentes simpáticas, pacíficas, preparadas, trabalhadoras, inovadoras.

Desta forma, neste ano que se avizinha, esperemos uma maior educação do consumidor para a agricultura sustentável, uma valorização da agricultura, dos jovens agricultores, da sustentabilidade ambiental e do desenvolvimento local por parte de todas as Cooperativas Agrícolas…

Lúcia Faria

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