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O homem sonha e a obra nasce

Este adágio reflete a ideia de que todos os grandes empreendimentos começam com uma visão ou um sonho. É uma expressão do poder da imaginação e do planeamento como motores para a realização de grandes feitos. Sublinha a importância do sonho e da visão humana na concretização de projetos e obras.

Alguns exemplos, como a Torre Eiffel que apesar de enfrentar resistência e críticas, nasceu e se tornou um ícone mundial, a Brasília de Niemeyer inaugurada em 1960 e que é reconhecida mundialmente pela sua arquitetura inovadora ou ainda o Programa Espacial Americano que realizou o sonho de John F. Kennedy de levar o Homem à Lua, parecem dar corpo a esta expressão.

Mas, qual é o limite desse sonho, até onde é razoável ir e que esforços se devem empenhar na prossecução desse sonho. De facto, não são escassos os exemplos de projetos pensados para mudar as cidades e os países que acabam por falhar.

Em Portugal são bem conhecidos os exemplos do TGV que acabou por ser considerado desnecessário e excessivamente caro, um grande gasto sem justificativa clara, do Centro Cultural de Belém, da Sede da Caixa Geral de Depósitos, uma empresa pública, investimentos que tomaram importantes fatias do erário público e que, ainda hoje não reúnem consensos.

E, como tal, a questão coloca-se: até onde devemos ir para que a obra nasça?

Em Felgueiras, é público o esforço financeiro a que o Município continua a submeter os cidadãos e as empresas Felgueirenses desta geração e das próximas. As taxas e a participação nos impostos continuam elevadas e o valor a pagar pelo fornecimento de água e pelos serviços ambientais subiu.

Por outro lado, são também conhecidos o elevado nível de endividamento municipal e a política de venda de património levada a cabo. As decisões políticas locais podem ter consequências financeiras e sociais significativas, especialmente quando não são bem planeadas.

Podem privar futuras administrações de ativos valiosos que poderiam ser utilizados para o benefício da comunidade. Podem limitar a capacidade de futuros dirigentes locais de implementar novas políticas ou projetos devido ao peso das dívidas herdadas. Podem afetar a qualidade de vida dos cidadãos a longo prazo, limitando investimentos em infraestruturas, educação e saúde.

Daqui a poucos dias entraremos em 2025, ano em que o calendário eleitoral apenas prevê a existência de uma eleição, a dos órgãos das autarquias locais. É por demais importante que todos participemos na fiscalização e na tomada de decisões, garantindo que as vozes da comunidade sejam ouvidas e consideradas.

Afinal, se Paris tem a sua Torre Eiffel, o Brasil Brasília, e os americanos a sua bandeira na lua, também os Felgueirenses têm direito a ver concretizados alguns sonhos antigos, entre os quais, o de viver melhor na sua terra.

Pedro Ferreira

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