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Presidente da ESTG enfatiza importância de investimentos para futuro académico

O presidente da Escola Superior de Gestão e Tecnologia disse ao SF Jornal esta semana que a instituição “poderia ir ainda mais longe” na sua missão se o ritmo do processo de ampliação das suas instalações pudesse acompanhar o crescimento académico e de investigação que se tem verificado, ao longos dos seus 25 anos.
“Não é que os projetos existentes não sejam suficientes, é mais uma questão de quando, por exemplo, serão lançados os concursos para as empreitadas das segunda e terceira fases da ampliação ou quando é que teremos financiamento para a segunda residência de estudantes”, afirmou Luís Lima.
A primeira de três fases do projeto de ampliação lançado em 2021 está concluído, mas ainda faltam os equipamentos e mobiliário, adiantou.
Atualmente, ainda está em fase de concurso o projeto para a construção de uma residência de estudantes e a escola tem, no papel, planos uma segunda residência em que se adaptará, para o efeito, um edifício cedido pela Câmara de Felgueiras, no centro da cidade.
Luís Lima fez questão de ressalvar que as questões de património material e da sua ampliação não dependem da escola em si, recordando que tem pouca autonomia financeira, e que os investimentos são feitos, no geral, pelo Politécncio do Porto, que tem reservas “mas que não consegue financiar tudo”, estando, portanto, dependente do orçamento de Estado para novos investimentos.


Leque formativo cresceu ao ritmo de um novo curso por ano

O atual leque formativo da ESTG abrange cerca de 1800 estudantes, com sete licenciaturas, oito mestrados e nove cursos técnicos superiores (CTESP). Luís Lima, que serve o seu terceiro mandato como presidente, adianta que a oferta letiva da instituição cresceu ao ritmo de um novo curso por ano e que chegou, atualmente, ao limite.
O dirigente académico realçou que a escola superior, uma de sete que integram o Politécnico do Porto (P.PORTO), tem apresentado excelentes indicadores da qualidade de ensino, nomeadamente a colocação a 100% na primeira fase de candidaturas, que se repetiu no presente ano letivo de 2024/2025.
“Com uma pontinha de vaidade, dizemos que é prova do reconhecimento da qualidade da nossa formação”, afirma, recordando, por exemplo, que a nota de entrada do curso de Solicitadoria da ESTG é a que mais subiu, ao longo dos últimos quatro anos, a nível nacional.
“Para nós, é uma prova que é um curso muito procurado, não só por quem vive na região, mas também de fora”, acrescenta.



Um escola que cresce além-fronteiras do Tâmega e Sousa

Em resposta a uma pergunta colocada pelo SF Jornal, o presidente explicou que também se verificou, ao longo dos anos, uma mudança ao nível da população estudantil neste escola.
No início, os números indicavam que cerca de 60% dos discentes eram da região do Tâmega e Sousa, que procuravam o estabelecimento de ensino superior, o único do seu género neste território, “por uma questão de proximidade, sobretudo”. Atualmente, essa população representa cerca de 30% dos alunos, com o restante a ser preenchido por estudantes de todo o país e do estrangeiro.
“Hoje temos muitos estudantes internacionais que nos procuram, nomeadamente em mestrados e nos cursos técnicos especializados”, explica, acrescentando que em particular nos cursos técnicos superiores, a ESTG teve que implementar uma série de limitações às candidaturas para equilibrar o processo de admissão.
“Se começarmos a preencher as vagas com muitos estudantes internacionais, perde-se o objetivo inicial de ser uma escola de proximidade e, como está nos estatutos, de ser um elemento
fundamental e catalisador do desenvolvimento da região do Tâmega e Sousa”, acrescenta.
Outro paradigma que se inverteu foi a da colocação dos discentes no mercado de trabalho, sendo as empresas hoje que vêm à escola tentar captar os estudantes, nomeadamente através da realização de feiras de trabalho.
“Não só empresas locais, mas de todo o país. O mercado de trabalho para os nossos estudantes é o mundo”, explica, acrescentando que há formandos da ESTG a estagiar e a trabalhar em vários países da Europa.

A interdisciplinaridade como resposta às necessidades da região

Durante a sua intervenção na cerimónia que assinalou os 25 anos da ESTG, Luís Lima salientou que as principais realizações da ESTG “continuam a ser no domínio imaterial”, numa alusão ao trabalho letivo e de investigação científica aqui desenvolvido ao longo de duas décadas e meia.
Por outro lado, frisou a continuidade do “ADN interdisciplinar” da escola, salientando que a interdisciplinaridade “é estratégica para podermos continuar a ser atores pró-ativos no desenvolvimento da Região do Tâmega e Sousa”.
Ao SF Jornal, Luís Lima esclareceu, recordando que o paradigma de ensino da ESTG é “único” no universo do P.PORTO, porque se conjugam áreas científicas diferentes em prol de um único objetivo comum.
“O mais recente exemplo é o nosso novo mestrado em Práticas Jurídico Digitais, metade da responsabilidade do departamento de Informática e a outra do departamento de Ciências Jurídicas. Esta semana tivemos aqui uma conferência ibérica em que se debateram, entre outro temas, os desafios colocados ao registo e ao notariado pela transição digital”. E acrescentou:
“A escola foi pensada para essa interdisiciplinaridade, e continua a ser assim. Criamos um centro de investigação único que comporta diversas áreas científicas, onde os docentes fazem a sua investigação e em projetos onde podem participar as diferentes áreas, de forma interdisicplinar. É este o ADN de que falamos, tanto na área letiva como na área da investigação científica”.

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