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Lembrar o que falta

No passadio dia 15 de Outubro, cumpriram-se três anos sobre a data em que foram empossados os atuais titulares dos órgãos do município – Câmara e Assembleia municipais.

E faltando já menos de um ano para a realização de novas eleições autárquicas, é este um tempo certo para se falar e lembrar um pouco do que falta fazer.

Porém, nesta crónica, não sendo este o propósito mais imediato, interessa apenas generalizar, deixando para próximas crónicas deste espaço uma abordagem mais precisa sobre o que importa fazer, nas cidades, nas vilas e nas freguesias.

Por isso, não se impõe agora sistematizar o que quer que seja, mas tão só, prometer futuros escritos sobre algumas das principais matérias que irão entrar no debate eleitoral que se avizinha.

Parecendo que está tudo melhor do que na realidade está, o que temos são sintomas diferenciados que resultam da ausência de um ajustado e permanente debate político, o que não é bem assim, sendo, contudo, aquela a sensibilidade dominante por resultar de um julgamento erróneo, onde não reside um constante debate social e onde continua a ser mais que evidente uma profundíssima ausência de verdadeira oposição política. Por se não falar como se deve sobre a vida municipal, poderá resultar parecer que está tudo bem, não o sendo, na verdade, bem assim.

Devendo-se constituir, numa permanente e constante oposição política, o PSD não tem passado de um simulacro disso mesmo, o que lhe poderá vir a ser fatal, mesmo que doravante possa querer dar sinais de que se encontra mais presente, mais fresco e com melhores conteúdos políticos junto dos felgueirenses.

Agora que o Natal se aproxima e se apresenta como um fator dominante para a vida das pessoas, valerá desde já apenas convidar os agentes políticos locais para a assunção de posturas políticas diferentes quanto ao futuro próximo, recomendando-se-lhes apenas que o adormecimento reinante termine antes do início da próxima Primavera, porque de Invernos políticos são muitos os que já se encontram fartos.

Pessoalmente, nunca me senti muito bem com o interregno político a que me propus desde há alguns anos a esta parte, pelo que tendo andado a pensar numa futura disponibilidade política para voltar participar numa batalha autárquica, não contra ninguém, nem contra quaisquer outros projetos, acho que me faria bem voltar a abraçar um novo ideal de participação autárquica, quiçá dentro de um renovado projeto mais galvanizador para o desenvolvimento do concelho, mas, sobretudo assente num ideal de cidadania, e numa proposta mais moderna, menos clássica, mais desafiante e mais global, patenteada em  renovados formatos de intervenção política, onde só as pessoas e o desenvolvimento do concelhio de fato contem, em detrimento dos interesses pessoais, hoje tão vistosos e tão profundamente entranhados na nossa vida municipal.

Por consequência, será um imperativo ético interromper esta Rubrica quinzenal, o que farei a partir do dia 1 de Junho de 2025, data do trigésimo quinto aniversário deste jornal, sendo que, de Janeiro e até ao final de Abril, apenas me dedicarei ao exame das mais diversas componentes autárquicas, designadamente aquelas que mais poderão vir a contar para o debate eleitoral do próximo ano.

Julgando não me sentindo velho para abraçar uma nova experiência autárquica, confesso que não gostaria de morrer sem voltar a conhecer uma nova intervenção neste domínio, podendo ser ela no quadro do poder ou na oposição, mas, sobretudo, onde ela possa ser mais útil à realização das mais genuínas aspirações dos felgueirenses, quer na vertente municipal, quer ao nível das freguesias.

Sendo que não carrego nenhum manifesto desejo de vir a ser o que quer que seja, tal como há muito tempo antes já assim aconteceu, tenho, no entanto, um que permanece vivo e que nunca deixou de me acompanhar – o de apenas poder voltar a ser útil à minha terra!

Por isso é que, lembrar o que falta, é do que se torna imperioso falar, sendo um pouco de tudo isso o que penso atalhar no quadro desta rúbrica a partir de Janeiro do ano que vai começar.                                                   

José Quintela

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