“Regressar a casa”
Excelentíssimos Leitores Do “Semanário de Felgueiras”,
Chamo-me Lara Pereira, aluna do 8º B2 da Escola Básica de Lagares, do Agrupamento de Escolas Dr. Machado de Matos. Adoro ler, sempre que posso e tenho algum tempo livre, aproveito para relaxar e desprender-me por instantes aqui da Terra. Li recentemente um livro de Rose Tremain, uma escritora britânica, reconhecida pelas suas obras de ficção histórica e contemporânea, que exploram questões de identidade, exílio e relações humanas complexas. “Regressar a casa” é o decimo segundo livro desta autora, publicado em 2007.
Lev, o protagonista, um viúvo de 42 anos, parte da sua terra natal, no Leste Europeu — um país chamado Auror (arruinado economicamente) para a Grã-Bretanha. Deixa para trás a sua filha pequena, Maya e a sua mãe idosa, Ina, com a esperança de encontrar trabalho em Londres e sustentar a sua família. A morte da sua esposa, Marina, ainda o atormentava, e Lev carregava consigo uma mistura de esperança e desespero.
Ao longo da narrativa, Lev é constantemente assombrado pelas memórias da sua vida anterior e pelos sacrifícios que fez para tentar proporcionar um futuro melhor para a sua filha. Experimentou tanto momentos de expectativa quanto de aflição, refletindo sobre o que realmente significava “voltar para casa” — física ou emocionalmente
Sem dinheiro suficiente e sem grandes perspectivas, mas com uma determinação feroz, o protagonista consegue um emprego mal pago. No entanto, acaba por destacar-se, ainda que sofrendo sempre devido à sua condição de emigrante. Pelo caminho, vai-se cruzando com algumas pessoas: um irlandês com quem divide casa, Sophie, uma colega de trabalha com quem se envolve e um amigo de infância que o liga ao passado.
Após uma série de altos e baixos, e inspirado pelas suas experiências, Lev decide voltar para casa.
O que terá ele em mente?
Convido-o a mergulhar neste retrato sensível e humano de lutas e triunfos dos imigrantes. Com uma escrita leve e cativante, este livro envolve o leitor no enredo, e mostra os detalhes mais profundas da realidade destes homens que buscam uma vida melhor.
Uma história emocionante que mantém, num perfeito equilíbrio, a crítica social e a empatia.
Boas leituras!
