O movimento de cidadãos “Seixoso-Vieiros: Lítio Não” manifestou-se hoje contra o recente anúncio do Governo de leiloar novas áreas para a exploração de lítio, classificando a decisão como “um ataque direto às comunidades locais e ao futuro do território”.
“Estamos completamente contra esta decisão que, em vez de beneficiar as populações e proteger o ambiente, favorece interesses económicos alheios, deixando para trás destruição e prejuízo”, lê-se num comunicado enviado à redação do SF Jornal.
O movimento reagiu, assim, ao anúncio de que em 2025 serão lançados novos concursos para a prospecção de cobre, ouro e lítio. O Governo salienta, contudo, que estes concursos se destinam à prospecção e pesquisa e não para exploração.
Em 2022, o Estado português autorizou a prospecção e pesquisa de lítio em seis zonas do país, incluindo a área denominada Seixoso-Vieiros, entre Felgueiras, Amarante, Fafe, Celorico de Basto e Guimarães.
No comunicado, o movimento de cidadãos rejeita a “narrativa” de que o lítio é uma solução sustentável, alegando que a sua extração traz consequências ambientais devastadoras.
“Este modelo não é progresso, é exploração, e as comunidades locais não podem ser sacrificadas em nome de um desenvolvimento que apenas beneficia grandes empresas”, sublinham.
Os ativistas concluem, recordando que a região de Seixoso-Vieiros tem estado “sob ameaça” desde 2019 e reafirmam a necessidade de o Governo remover os concelhos de Felgueiras e Amarante da estratégia nacional para matérias-primas críticas.
