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A Direita em Crise: Quando o Centro Cede à Esquerda

Há muitos anos que lutamos, com determinação e perseverança, para libertar Portugal da influência da esquerda, na esperança de termos um país governado por pessoas de bem, comprometidas com o interesse nacional. Queremos uma governação de direita que respeite os valores fundamentais da nossa sociedade: o trabalho, a família, a liberdade individual e a nossa identidade cultural. Essa luta tem sido longa, mas acreditamos num Portugal mais próspero e justo, onde estes princípios possam finalmente prevalecer.
Agora que, com enorme esforço, conseguimos empurrar a esquerda para a margem e temos a possibilidade real de construir um governo sólido à direita, o que vemos é profundamente desconcertante. Bastaria haver vontade e diálogo sério entre os partidos da direita parlamentar para concretizar esse projeto. No entanto, Montenegro e os seus pares, que se autointitulam centristas, parecem dispostos a entregar a governação do país a uma esquerda radical, cujos perigos são conhecidos. Este PSD, que outrora representava uma alternativa credível, tornou-se agora numa espécie de PSDois, sem uma distinção clara em termos de princípios ou de visão para o futuro.
O CDS – Partido Popular, um partido político conservador inspirado pela democracia cristã e aberto também aos liberais, que representa, em primeiro lugar, os portugueses, sempre se posicionou contra a esquerda desde a sua fundação a 19 de julho de 1974. É por isso difícil acreditar que o CDS-PP esteja confortável com esta decisão “unilateral” em vender o Orçamento de Estado ao PS, porque isso significaria, na prática, entregar o governo ao PS de Pedro Nuno e à esquerda radical. Tal posição não parece congruente com a longa história de oposição ao socialismo e ao radicalismo de esquerda que sempre marcou o partido.
André Ventura, por sua vez, também não escapa à responsabilidade. Embora muitas vezes se apresente como uma força de mudança, a verdade é que oscila entre o mau e o péssimo, entre posições e ideias conforme as circunstâncias, ou conforme a meteorologia. Esta inconsistência retira-lhe a confiança que deveria inspirar nos eleitores que anseiam por uma verdadeira alternativa, retira a confiança de outros partidos que poderiam negociar entendimentos com o terceiro partido mais votado. O seu partido, que se posiciona apenas como o partido do protesto, transformou-se num fator de dissonância e carece de ideias concretas, de propostas coerentes e, mais preocupante ainda, de pessoas competentes, responsáveis e verdadeiramente comprometidas com o futuro de Portugal.
O que o país realmente precisa é de uma direita forte, coerente e decidida. Uma direita que não tenha receio de enfrentar e anular a influência da esquerda, que esteja verdadeiramente disposta a governar Portugal com seriedade e responsabilidade. Os portugueses merecem uma liderança que inspire confiança, que traga estabilidade e que coloque o bem comum acima de interesses partidários ou pessoais.
É urgente uma direita capaz de unir forças, de superar divergências e de se apresentar como uma alternativa governativa sólida. Não podemos desperdiçar a oportunidade de construir um futuro melhor para Portugal. A hesitação e as divisões internas e partidárias apenas abrem caminho para a continuidade de uma esquerda que não serviu nem serve os interesses do país. Chegou a hora de agir, com firmeza e convicção, para garantir uma governação que realmente proteja e promova o bem-estar de todos os portugueses.
Por Portugal, pelos portugueses.

Jorge Miguel Neves

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