É habitual ouvirmos dizer que por detrás de um grande homem, está uma grande mulher, com uma conotação positiva, ainda que não seja tão verdadeiro ou positivo assim.
Pois bem, por detrás de um grande tirano está sempre um grande interesse económico. Exemplo disso são a invasão da Rússia à Ucrânia, que tinha entre outros, o interesse de se apropriar do Mar de Azov e de parte do território ucraniano para anexar, mas também o próprio auxilio dado pela China à Russia e que visava obter acordo apetecível sobre os gasodutos, sendo os recursos energéticos motivo bastante para financiar a guerra.
Mais recentemente, Putin não deixou passar a oportunidade de, igualmente com a sua agenda de interesses, criar tensão e ajudar Trump na campanha, ao mesmo tempo que presta auxílio a Nicolas Maduro, com o envio de navios militares para a América do Sul. A Venezuela, país outrora rico e cuja riqueza agora permanece apenas nas mãos de alguns, poucos, à boa moda de um regime de esquerda radical que se preza.
Olhando para este panorama geopolítico, para as ligações que movem os ditadores, percebemos que a guerra na Ucrânia se vai prolongar na proporção com que se estreitam laços com a Venezuela, a necessidade de manter Maduro, apesar da “fraude maciça” que foram as eleições, vai sustentar o conflito. Da mesma forma que o conflito na Faixa de Gaza (Israelo-árabe) é um ótimo cliente da Indústria do armamento e que esse é o interesse económico subjacente a todo o sofrimento humano, a que assistimos todos os dias através dos meios de comunicação.
Mas não existem só os grandes interesses, também os há mais pequenos, igualmente perversos, na nossa escala e à dimensão de Portugal. Não raras vezes, demasiado frequentes até, verificamos que também cá temos decisores políticos com uma agenda escondida, que ultrapassa as boas intenções. Citando uma frase antiga, anónima: “Os políticos à semelhança das fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”.
Marta Rocha
