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Contas Saldadas

Finalmente aconteceu. Esperando há algum tempo pela marcação do convívio outrora combinado, momento esse que tanto os motivava e os fazia manter presos à vida de um tempo de trabalho e belo, foi deveras fascinante, o modo e o brilho com que o mesmo decorreu.

Da transacção constava apenas um lanche, mas o que acabou por acontecer superou esse registo, já que se tratou de uma festa fantástica e de um convívio  saudável, com beijos,  abraços e prolongado período de confraternização.

No dia 15 de Junho, as portas das novas instalações dos “Mercadinhos Adriano” escancararam-se para receber os últimos “Moicanos” da Fábrica da Bouça, os quais, gostaram sobremaneira do formato, dos conteúdos e do carinho com que foram recebidos.

Esperando apenas por um lanche, foram brindados com um jantar, para o qual puderam convidar e fazerem-se acompanhar por um familiar.

Antes do jantar, de resto muito acolhedor, alegre e marcante, houve lugar a uma festa popular de arromba, onde o Zé Amaro e o seu grupo de dança,  com um espectáculo de arrasar, fizeram  cantar, dançar e transpirar centenas de pessoas, sendo o maior número dessas os ex-trabalhadores da Fábrica da Bouça e seus familiares, os últimos mas também, outros,  mais antigosprincipalmente ex-trabalhadores mais antigos da mesma firma.

E no meio da festa, ainda houve outro momento alto, quando num registo de Poesia, com a Luísa Faria em palco e os ex-trabalhadores presentes, todos recitaram um trabalho intitulado “Jóias do Tempo“, baseado em dezenas de apontamentos recolhidos ao longo dos anos, ou seja, deste a data em que os mesmos venderam aquele espaço aos actuais proprietários (2015), até ao dia desta magnífica festa, trabalho esse que, um pouco antes e dentro de um singela brochura já haviam oferecido ao casal – à Srª. Isabel Macedo e ao Sr. Adriano Ribeiro -, enquanto novos titulares da outrora sua “Jóia”, e que a partir de Dezembro de 2022, com o novo implantado, voltou e vai continuar a ser uma renovada jóia para os tempos modernos – e pelo menos para os próximos cem anos, como bem alto proclamaram os ex-trabalhadores presentes aquando do decorrer do programa cultural.

No entretanto, o momento mais acolhedor, mais fraterno e mais arrebatador, foi, sem duvida, o que ocorreu no decurso do jantar, o qual, contando sempre com a presença e a simpatia da Dª. Isabel Macedo e do olhar cuidado e empenhado do Sr. Adriano, para que nada se atrasasse ou faltasse, o qual  terminou embrulhado num registo de imensa alegria e, aqui ou ali. com  solicitações e promessas de marcação de um novo encontro, já que todos se mostraram solidários com a premissa que deu origem e título ao trabalho poético antes recitado, sintetizando que; – « HÁ AQUI FUTURO NÃO HOUVE AQUI FIM».

Reconhecendo todos, de que se tratou no tempo certo, de uma grande jornada de convívio, confraternização e festa, ninguém se despediu do seu semelhante, tendo-se ouvido, aqui ou acolá, apenas esta palavra: ATÉ AO PRÓXIMO! – Encontro… acredito e concluí eu.

Foi bonito! Sendo que tal convívio também serviu para evidenciar que todas as contas que deram lugar à Venda e à Compra daquele espaço se encontram definitivamente saldadas e que ninguém ficou a perder com o atraso, tendo ficado bem patente que os momentos de sã convívio,  alegria constante e saudades em crescendo, foram e  são os principais registos que importam assinalar.

José Quintela

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