Uma menina de sete anos, entregue pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Felgueiras a um tio, terá sido molestada cerca de 360 vezes ao longo de dois anos, de acordo com um reportagem do Jornal de Notícias.
A decisão da CPCJ ocorreu em agosto de 2018, após problemas graves na casa dos pais. O tio, que vivia em união de facto com uma mulher, foi considerado idóneo para proporcionar uma vida estável à criança.
Segundo a acusação, o homem abusava da menina durante a madrugada, enquanto todos os habitantes da casa dormiam.
Ele terá ameaçado a sobrinha para que não contasse a ninguém sobre os abusos. Somente em abril de 2020 a menina revelou o que acontecia e as violações cessaram.
O arguido, apesar das acusações, nunca foi detido e permanece em liberdade, aguardando julgamento no Tribunal de Penafiel.
Citada na reportagem do JN, fonte da CPCJ de Felgueiras explicou que não pode pronunciar-se sobre o processos de escrutínio, por serem “de caráter reservado”, assegurando que as comunicações a si reportadas que configuraram crime contra crianças “foram reportadas às autoridades judiciais”.