Escrever é um ato de liberdade. Transporta-nos para universos paralelos e dá vida a cada palavra e a cada ideia.
Lembro-me de querer ser jornalista quando era mais nova. Achava que podia fazer a diferença na vida das pessoas através das notícias.
Notícias essas que queria que se regessem pela verdade, integridade, com fontes fidedignas e o resultado de um trabalho imparcial. Notícias que queria que fossem importantes para as pessoas, as suas terras e que acrescentassem algo de novo.
O percurso académico e profissional acabou por me levar nessa direção, com algumas variantes, mas o respeito pelo Jornalismo nunca desapareceu. E não desapareceu por saber a sua importância e necessidade. Não desapareceu por saber que precisamos de ser informados com rigor, sem ceder a fenómenos populistas e clickbaits.
Esta edição marca os 34 anos do Semanário de Felgueiras.
Um órgão de comunicação local que, face a todas as dificuldades, não desistiu.
Um jornal em papel, algo raro nos dias de hoje e no nosso concelho, que representa aquilo em que eu acredito: a resiliência das pequenas redações, os sonhos que ganham vida a cada título, a criatividade de se reinventar, o profissionalismo como prioridade, a atenção ao detalhe e o respeito pela pluralidade de opiniões.
O Semanário de Felgueiras sempre foi uma companhia assídua na minha vida. Saibamos valorizar o que cada órgão de comunicação faz, com o pouco que têm, mas o muito que querem oferecer. E saibamos apoiar a continuação das edições em papel. O aroma inesquecível e o folhear de cada letra.
Parabéns, Semanário de Felgueiras. Por estes anos ao serviço da verdade, das populações e ao serviço de Felgueiras e por muitos outros anos que estão por vir.
Sofia Baptista Soares