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“O conhecimento pode ser a chave para transformar o mundo”

Hélder Lopes tem 29 anos, é licenciado em Geografia pela Universidade do Minho, Mestre na mesma área e tem dois doutoramentos em Geografia e Planeamento Regional e Geografia e Planeamento Territorial e Gestão Ambiental – especialização em sistemas naturais e mudanças globais na Universidade de Barcelona. Atualmente leciona no Ensino Universitário e diz, sem hesitar, que teria sempre escolhido a mesma profissão, pois este foi o momento mais gratificante da sua vida.

Como foi a tua primeira experiência profissional?
Antes tive vários trabalhos pontuais, mas creio que a minha primeira experiência profissional foi como investigador na área da geografia e planeamento territorial, tendo possibilitado trabalhar em questões ligadas ao ambiente e à atividade turística na Área Metropolitana do Porto. Foi particularmente relevante para a minha carreira atual.

Se pudesses voltar atrás, escolherias a mesma profissão?
Sem dúvida, escolheria a mesma profissão. A geografia é uma ciência fascinante que me permite explorar o mundo com outros olhos e compreender a complexidade das relações entre as pessoas e o ambiente natural.

Quais as três palavras que melhor descrevem a tua vida?
Dedicação, aprendizagem e realização.

Qual a pessoa que mais te influenciou até hoje?
Não me é possível indicar apenas uma pessoa, até porque me parece que já foram muitas, incluindo alguns amigos ou professores, que me moldaram enquanto ser humano e profissional. De qualquer forma, dentro desta tarefa hercúlea colocaria os meus pais. Além de sempre me incentivarem a procurar conhecer mais, ser perseverante, moralmente correto e ter compaixão pelos outros, são exemplos de integridade, humildade e generosidade para mim e para aqueles que me rodeiam.

Qual foi o momento mais gratificante que tiveste na vida?
O momento mais gratificante da minha vida foi quando terminei o meu doutoramento e comecei a lecionar no ensino universitário. Era um sonho desde criança poder ensinar aos outros.

Qual o momento mais difícil?
O momento mais difícil foi um acidente do meu irmão, quando eu era criança, em que ele esteve vários dias em coma. Lembro-me de ir praticamente todos os dias com os meus pais ao Hospital de S. João e o desgaste físico e emocional que nos causou toda a situação.

Quais os teus pontos fortes?
Os meus pontos fortes são a capacidade de análise, a criatividade e a persistência.

Quais os traços de personalidade que os outros identificam facilmente em ti?
Talvez seja difícil de apontar alguns traços de personalidade em mim ou possa parecer um comportamento um pouco egocêntrico, mas acredito que uso alguma seriedade no que digo, faço ou penso, muita paciência e alguma simpatia.

O que mais te dá energia e ânimo?
Ver o impacto positivo que o meu trabalho pode ter na vida das pessoas e no ambiente ao meu redor. Deixa-me muito feliz ver que os outros beneficiam daquilo que eu faço ou penso.

Qual o teu lema de vida?
O meu lema de vida é o de que “o conhecimento pode ser a chave para transformar o mundo”. Acredito que só podemos resolver alguns dos desafios globais se tivermos uma compreensão profunda das questões.

Quais as maiores lições que aprendeste?
Considero que ainda tenho muito que aprender. Costumo defender que a vida é um livro em aberto que se vai preenchendo com as pequenas coisas da vida. Ainda assim, as maiores lições que aprendi até hoje foram a importância da empatia, da humildade e da colaboração.

O que mais valorizas nas pessoas?
O que mais valorizo nas pessoas é, desde logo, a fieldade. Não obstante, a honestidade, a capacidade de ouvir os outros e a compaixão são caraterísticas que também admito serem fundamentais na relação com os outros.

Quem te inspira e porquê?
Há algumas pessoas que me inspiram em diversos setores da minha vida. Ainda assim, posso apontar como uma das minhas maiores inspirações têm sido os meus alunos. Eles têm mostrado diariamente que o conhecimento pode transformar vidas e fazem-me ter esperança num futuro melhor para eles e também para mim.

O que menos gostas na sociedade?
O que menos gosto na sociedade é o preconceito, a deslealdade e desonestidade.

Com que personalidade gostavas de jantar?
Esta pergunta é muito difícil. Há muitas personalidades que seria interessante partilhar algumas palavras. Apontava talvez para o Dalai Lama. Acredito que se trata de uma das maiores referências em termos de paz e humanidade.

Como gostarias que as pessoas se lembrassem de ti?
Gostaria que as pessoas se lembrassem de mim como alguém que dedicou a vida para contribuir para melhorar a sociedade e tornar o mundo num lugar melhor, através do conhecimento e pela valorização da relação com os outros.

Elsa Ferreira

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