Jorge Moreira da Silva, candidato a líder do PSD, esteve hoje em Felgueiras numa ação de campanha para as eleições deste fim de semana no partido, com o objetivo de “demonstrar que Portugal só pode desenvolver-se se crescer e apostar fortemente em empresas que se orientam para as exportações”.
Moreira da Silva, esteve na fábrica Marisport e aproveitou para fazer “uma homenagem aos pequenos e médios empresários, que sem qualquer apoio, ou sinal de incentivo do Estado, vão ousando e empreendendo”, disse. “O Governo tem de apostar em reformas estruturais para ajudar as empresas. Quem gere as empresas, tem de sentir que o Estado existe para servir e não para se servir”, asseverou
“Portugal não cresce há 20 anos. O país tem de crescer e o PS não tem uma estratégia de crescimento e desenvolvimento sustentável, como temos visto”, acrescentou.
“A oportunidade que muitas empresas esperavam no PRR foi uma oportunidade perdida. Os 16 mil milhões são o número da famosa “Bazuca”, mas o que mais interessa são os 379 biliões disponíveis no mercado de capitais, fundos de investimentos e outros que estão à espera de encontrar os melhores sítios para investir e isso não acontecerá enquanto Portugal não for um país que dê garantias aos investidores”, afirmou.
“Portugal tem de ser visto como um país de atração para os investidores internacionais e isso não acontece porque as reformas na justiça, no licenciamento, mercado trabalho, formação profissional e educação, não estão a oferecer as garantias para os investidores internacionais apostarem em Portugal”, defendeu.
Quanto às eleições internas, Moreira da Silva diz que o contacto que tem tido com os militantes, indica que “o balanço é muito positivo”.
“Noto o entusiasmo em torno da minha candidatura”, referiu.
O objetivo de Jorge Moreira da Silva é fazer do PSD um partido em quem os eleitores vejam uma alternativa segura para governar o país.
“Não podemos apenas fazer oposição ao Partido Socialista, temos de ser portadores de um projeto, de uma alternativa. A combatividade do PSD é uma condição necessária, mas o que cria confiança é o PSD que dê garantias aos portugueses de que é uma alternativa de governação”, frisou. “O mérito da minha candidatura é dar 2 em 1: um líder da oposição e um candidato a Primeiro-Ministro”, sublinhou.
Disse ainda que o PSD tem se afirmar sozinho, demarcando-se de qualquer acordo com outro partido, nomeadamente o Chega, para chegar ao poder. “Nenhum eleitor moderado do centro, votará no PSD se este assunto das coligações ou acordos com outros partidos, não for esclarecido. Comigo, não há diálogo, nem acordo, nem coligações com partidos. O PSD tem de ganhar as próximas eleições com maioria absoluta”.
Jorge Moreira da Silva lamentou ainda que Luís Montenegro não tenha acedido a um frente a frente, o que seria bom para esclarecimentos dos militantes. “Falta de vontade para debater foi, quando a outros motivos terá de ser ele a dizer”, concluiu.