A Rua da Portela, na freguesia de Lagares, foi alvo de obras nos últimos meses, para inserir condutas de saneamento básico, criando vários constrangimentos na circulação. Três meses após a conclusão dos trabalhos, a estrada apresenta buracos e zonas que ficaram por concluir.
O nosso jornal ouviu alguns moradores que relatam o receio de “ver os veículos danificados” mas descrevem o pior cenário em dias de chuva.
“Quando chove a estrada fica com várias poças de água e a via apenas fica transitável, num sentido, no início da rua”, comenta um morador.
O SF evidenciou que na entrada da rua, a estrada foi rasgada mas não foi concluída, em que a solução tem sido colocar “terra” para colmatar aquele problema.
“Devido ao fluxo do trânsito, a terra acaba por sair e os buracos ficam ainda mais evidentes”, lamenta outro morador.
Contactado pela nossa redação, o Presidente da União de Freguesias de Margaride, Várzea, Lagares, Varziela e Moure explicou que “uma parte da estrada ainda não foi fechada, mas que já deveria ter sido concluída na semana passada, até porque era a indicação dada ao empreiteiro”.
O autarca vai mais longe e explica porque é que aquela zona não foi fechada.
“Provavelmente vai ser preciso abrir novamente aquele local específico para unir a ligação de saneamento básico de Penacova a Lagares. Estão dois empreiteiros a trabalhar no projeto, um em Lagares e outro em Penacova, que estavam a ponderar se o melhor seria fechar, uma vez que vai ser preciso abrir novamente”, explicou.
Após o nosso contacto com o autarca, o empreiteiro responsável pela obra de Lagares esclareceu que “os trabalhos não foram concluídos na última semana devido às condições climatéricas e que logo que seja possível a estrada será fechada com tapete betuminoso”.
José Lemos lamenta ainda que a Infraestruturas de Portugal demore tanto tempo a dar respostas. Em causa, está o facto de a estrada que divide as duas freguesias, ser uma Estrada Nacional que requer autorizações superiores.
“Em dois dias os trabalhos poderiam estar concluídos, mas dependemos de terceiros, neste caso do parecer da Infraestruturas de Portugal, que demora a dar uma resposta ou a chegar a um consenso”, lamenta o autarca.